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quarta-feira, 18 de junho de 2014

robotica nao e filme diz tretaplegico que deu o ponta pe inicial da copa do mundo no brasil

O neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis disse nesta quarta-feira (18) que sabia desde março que a exibição do exoesqueleto durante a abertura da Copa do Mundo, no último dia 12, teria curta duração e, por isso, precisou adaptar os planos iniciais da apresentação do projeto “Andar de Novo”. 

Exoesqueleto, copa, abertura, cerimônia, Nicolelis (Foto: Reprodução/TV Globo)Momento em que Juliano Pinto utiliza o exoesqueleto na abertura da Copa. Em entrevista ao G1, ele comentou que inicialmente estava previsto um jovem paraplégico se levantar da cadeira de rodas, andar alguns passos e dar um chute na bola, que seria o “pontapé inicial” do Mundial do Brasil. Mas a estratégia foi revista após a Fifa informar que o grupo teria 29 segundos para realizar a demonstração científica.

Na última quinta-feira, o voluntário Juliano Pinto, de 29 anos, deu um chute simbólico na bola da Copa usando o exoesqueleto. Na transmissão oficial, exibida por emissoras em todo o mundo, a cena durou apenas sete segundos.

“Era o plano original [levantar da cadeira de rodas e realizar o chute], mas com 29 segundos e com a pressão que nós sofremos, simplesmente era impossível fazer. Não teria como ele ir ao meio de campo e sair com o robô sem que usássemos um carrinho. Aparentemente a Fifa não permitiria isso porque poderia danificar o gramado", explica Nicolelis.

"Fazia semanas que estava definido que seria na lateral, mas imaginei que haveria algum anúncio do tipo 'olha, agora vamos prestar atenção numa coisa assim' porque era um fato inédito sendo apresentado. Mas o importante é que foi feito”, afirma.

Nicolelis nega que a Fifa possa ter diminuído o tempo de exibição do trabalho porque não confiaria no projeto e afirma que o secretário-geral da entidade, Jerôme Valcke, viu a exibição do exoesqueleto dias antes, na própria Arena Corinthians, onde o grupo montou um laboratório provisório para realizar testes. “Fizemos três demonstrações privadas para a Fifa. O secretário-geral viu três chutes e aprovou pessoalmente.”

Na última semana, o Comitê Organizador da Copa do Mundo, responsável pela cerimônia, informou que o evento aconteceu dentro do tempo previsto e conforme ensaios realizados.

O neurocientista minimizou as críticas recebidas após a rápida apresentação na Arena Corinthians: “Tenham calma, não olhem para isso com comentários de futebol. Tem que conhecer tecnicamente e saber o esforço. Robótica não é filme de Hollywood, tem limitações que nós conhecemos. O limite desse trabalho foi alcançado. Os oito pacientes atingiram um grau de proficiência e controle mental muito altos, e tudo isso será publicado”, garante.

Resultados
Sobre a pesquisa, Nicolelis disse que o fato de ter sido exibido o chute com a ajuda do exoesqueleto não significou que o projeto acabou. Ele explica que foram 17 meses de pesquisa “do zero” até se chegar ao robô apresentado e que ainda há pelo menos 30 meses de trabalho pela frente.

Um aperfeiçoamento deve ser feito, como a redução do peso de 30% da veste mecânica (que tem 70 kg), além de novos testes com os voluntários participantes, para avaliar a performance deles e modificar a rotina de treinos com o equipamento.

Uma das metas a longo prazo do grupo é desenvolver um exoesqueleto para ser utilizado em ambientes internos, voltado a pessoas com lesão na medula e outros tipos de paralisia, dando mobilidade e qualidade de vida aos usuários. A etapa seguinte seria aperfeiçoar a máquina para uso externo. Ele afirma que há empresas internacionais interessadas no produto, mas disse que vai demorar até que o equipamento chegue à fase comercial.fonte da noticia g1 .com

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