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sábado, 16 de julho de 2011

Submarino é para segurança das riquezas, diz Dilma

A presidente Dilma Rousseff (PT) deu início à construção de submarinos no Brasil, nesta tarde, durante cerimônia em Itaguaí, a 73 km do Rio.
Acompanhada pelo governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e por seis ministros, ela acionou a máquina responsável por cortar placas de aço na Nuclebras Equipamentos Pesados (Nuclep), estatal que vai produzir chapas cilíndricas usadas na estrutura dos submarinos.
"Hoje é um momento histórico para o Brasil", registrou a presidente. Ao mencionar o interesse do governo brasileiro pelo domínio da tecnologia nuclear, que será usada na propulsão de um dos submarinos, ela destacou a intenção pacífica. "Nosso interesse é de garantir a segurança de nossas riquezas, de defesa nacional, jamais de ataque", afirmou.
Em seu discurso, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que, entre outras utilidades, os submarinos servirão para proteger as jazidas de petróleo encontradas no pré-sal. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que em 2008 firmou o acordo com a França responsável pelo projeto e pela construção dos submarinos, foi lembrado por Dilma e por Cabral.
A Itaguaí Construções Navais, empresa criada em parceria entre a construtora Odebrecht e a francesa Direction des Construtions Navales et Services (DCNS), com a participação da Marinha brasileira, será responsável pela construção de quatro submarinos convencionais, com propulsão diesel-elétrica e 70 metros de comprimento, e um com propulsão nuclear, com 100 metros.
O primeiro aparelho convencional, da classe Scorpène e identificado pela sigla S-BR, deve ficar pronto em 2016 e ser entregue à Marinha em julho de 2017, após testes no mar. A cada ano e meio seguinte será entregue um dos outros três submarinos convencionais, segundo o planejamento. O aparelho com propulsão nuclear, identificado como SN-BR, deve ser concluído em 2023.
TÉCNICA IMPORTADA
A iniciativa faz parte do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) da Marinha, criado a partir do acordo estratégico firmado entre Brasil e França em 2008. No valor de R$ 6,7 bilhões, o acordo prevê transferência de tecnologia francesa para o Brasil. O projeto para o reator do submarino nuclear, entretanto, é exclusivamente brasileiro.
Os franceses se comprometeram a repassar a indústrias brasileiras a técnica de fabricação de peças usadas nos submarinos. Atualmente, só cinco países dominam essa tecnologia: China, Estados Unidos, França, Inglaterra e Rússia. Com esse programa, o Brasil passará a integrar o grupo.
A estimativa, segundo a Marinha, é de que cada submarino conte com cerca de de 36 mil itens produzidos por mais de 30 empresas brasileiras. São válvulas, bombas hidráulicas, motores e baterias de grande porte, entre outras peças.
O Ministério da Defesa prevê que, durante a fabricação dos aparelhos, só a área de construção naval militar vai ganhar 2.000 novos empregos diretos e 8.000 indiretos. Além dos submarinos, também serão construídos um estaleiro, que deve ser concluído em 2014, e uma base naval para abrigar as embarcações, a ser entregue seis meses depois.
Em novembro de 2012, uma unidade de fabricação de estruturas metálicas será inaugurada ao lado da Nuclep, na ilha da Madeira, em Itaguaí. Durante a construção das instalações, o Ministério da Defesa estima gerar criar mais de 9.000 empregos diretos e 27 mil indiretos.
Decisão de demitir Pagot cabe a Dilma, diz ministro
O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, disse, neste sábado, que cabe à presidente Dilma Rousseff a decisão de demitir ou não o diretor-geral do Dnit, Luiz Antônio Pagot.

O Dnit é o epicentro de uma crise na área de transportes que resultou no afastamento de seis pessoas. Passos afirmou que Pagot não foi afastado do cargo e está apenas em férias. O ministro não quis falar se ele será demitido quando retornar ao cargo. "Eu não posso, nesse momento, falar de decisões que pertencem à presidente Dilma", disse o ministro.
Apesar disso, Passos afirmou ter poderes para demitir quem tiver conduta "que não seja compatível com o serviço público". "Eu tenho a clara determinação da presidente de fazer ajustes e promover afastamentos ou demissão de quem quer que seja que tenha conduta pública que não seja compatível com o serviço público."
O ministro disse que poderá haver mais demissões, mas afirmou que não aceitará pressões. "O governo não toma decisão com base em pressão. Não posso assegurar, mas, se houver razões que se justifiquem, outras pessoas podem ser substituídas", disse Passos.

Lula Marques - 16.jun.11/Folhapress
Ministro Paulo Sergio Passos (Transportes), durante entrevista a imprensa neste sábado
Ministro Paulo Sergio Passos (Transportes), durante entrevista a imprensa neste sábado
Bogotá demite 25 policiais por vazarem informação a criminosos

Um total de 25 policiais de Bogotá, entre eles um com grau de major, foram destituídos por alertar integrantes de grupos dedicadas ao tráfico de drogas quando eles eram denunciados pela comunidade.
O responsável pela Controladoria de Bogotá, Mario Solano Calderón, disse a jornalistas que os destituídos vazavam informação aos criminosos, por isso que a ação das autoridades não alcançava resultados.
O comandante da polícia da localidade de Kennedy, José Baquero, detalhou que foi a mesma instituição que se encarregou de investigar os envolvidos.
Kennedy, no ocidente de Bogotá, é um dos setores mais populosos da capital colombiana com mais de 1,5 milhão de pessoas.
"A polícia não tolera uniformizados corruptos", reforçou o oficial, que assinalou que a instituição seguirá confiando nas denúncias dos cidadãos para perseguir o delito.
Chávez delega funções a vice para ir a Cuba tratar câncer

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, delegou ao vice-presidente executivo, Elias Jaua, várias funções e prerrogativas até agora suas, incluindo a de expropriar bens. A ação de Chávez foi tomada em meio a decisão de viajar a Cuba para se tratar de câncer. A viagem está prevista para este sábado (16).
O presidente venezuelano foi autorizado, nesta manhã pela Assembleia Nacional, a viajar a Havana. Na ilha de Fidel Castro deve se submeter a quimioterapia, contrariando as expectativas de que iria ao Brasil se tratar no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Ele não anunciou a data de retorno.
"Espero que não seja um período muito longo [de ausência]", disse.
Miraflores Palace/Reuters
Chávez foi autorizado, hoje pela Assembleia Nacional, a viajar a Havana onde deve se submeter a quimioterapia
Chávez foi autorizado hoje, pela Assembleia Nacional, a viajar a Havana onde deve se submeter a quimioterapia

Durante transmissão em cadeia de rádio e TV, o presidente afirmou que se reunirá com seus ministros por "via telemática" e inaugurou o uso de uma assinatura eletrônica que lhe permitirá referendar documentos estando "em Havana, em Moscou...".
Chávez, que voltou à Venezuela no dia 4 após quase um mês fora do país, disse que seria "o primeiro" a transferir o poder se estivesse com "capacidades diminuídas". Afirmou, porém, que a situação jamais ocorreu, nem mesmo no período imediatamente após a cirurgia que fez no dia 20 em Havana para retirada de um tumor. Ele contou que esteve quatro dias na UTI.
VICE E DEBATE
Chávez deixará em Caracas um fortalecido vice-presidente. Na Venezuela, o cargo é de livre nomeação pelo presidente.
Jaua, ex-líder estudantil e considerado um dos "duros ideológicos" do governo, está no posto desde janeiro de 2010.
Além da prerrogativa de expropriar bens, o vice-presidente também aprovará a compra de divisas --estratégico num país com controle cambial-- e poderá nomear vice-ministros.
A viagem do presidente voltou a acender na Assembleia o debate sobre o status jurídico de Chávez durante sua estadia em Havana.
Integrantes da oposição voltaram a defender que a viagem do mandatário configurava "ausência temporária" e a posse automática do vice-presidente no cargo.
Os governistas insistiram que o presidente seguirá governando, pelo tempo que seja necessário, em Cuba, respaldado pela autorização de ontem.
O acalorado debate da Assembleia, então transmitido pelos canais estatais, foi interrompido pelo presidente Chávez, que ordenou a convocação da cadeia nacional de todas as rádios e TVs para transmitir a sua reunião com ministros.
A Venezuela acompanhou, quando autorizado por Chávez, as falas dos deputados --da situação e da oposição. Com tela dividida ao meio, se via a Assembleia e também os rostos de ministros e do presidente reagindo às declarações dos parlamentares.